Total de visualizações de página

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Todo começo é difícil

Imaginem a situação: eu estava a menos de 3 meses daquela que seria uma das mais duras travessias de que já participei e estava me recuperando de uma sinusite que me deixou uns 3 meses fora d'água. Comecei a nadar feito um  leão. Bom, leões não nadam, né? Quem sabe se eu dissesse "como um leão marinho" - ficaria melhor? Talvez a analogia fosse mais válida, não só pelo meio aquático deste último como por suas notáveis características adiposas das quais compartilhava com fartura.
Sair da imobilidade para um treino de volume não é tarefa simples. Eu rampei muito rapidamente - em questão de duas a três semanas já me arriscava a fazer alguns (poucos) treinos perto dos 5 ou 6 Km diários. Sem muito ritmo e com tempos ainda muito longe do desejado. Não precisa nem dizer que o ombro não aguentou. Meu ombro esquerdo já é conhecido por ser mais susceptível aos esforços repetitivos da natação. Mas a receita para a correção também já era-me conhecida: exercícios de rotação do manguito com o elástico, mudança de lado na cama para não apoiar o ombro dolorido, nimesulida e o principal e mais difícil de fazer: mudança do estilo.
A mudança do estilo demanda do atleta conhecer suas limitações para buscar contorná-las. No meu caso, toda vez que rodava o braço esquerdo fora d'água ele fazia um "crock". Era desanimador, mas era verdade. Acabei por estudar algumas variantes do estilo crawl que me permitiram melhorar a posição - abrindo mais a braçada e rotacionando mais o corpo. Mas isso exigiu mais de um mês de experimentação e observação até conseguir se acertar.
Palmar nunca mais. Usei muito da nadadeira para aliviar a demanda dos braços. Mas há contraindicações, como demonstrarei no próximo blog.
Em resumo, se fosse moleza, era só sentar no pudim...

Um comentário: