Num belo dia, recebi um email do Foschini, amigo de maratonas aquáticas de longa data. Já participamos de muitas provas 14 Bis juntos. Ele me convidava para participar de uma travessia a nado descendo o Rio São Francisco - dizia que estava tudo meio encaminhado e que seria uma grande experiência. Quando ele falou em 170 Km, meus olhos brilharam - por duas razões. Em primeiro lugar, por se tratar de uma cifra considerável - não se nada essa distância toda num esforço isolado. Segundo, por que eu estava absolutamente parado, sem nadar havia vários meses e com dificuldades de conseguir tempo livre para tal.
Não podia ser melhor. Imediatamente a mente começou a trabalhar em prol do projeto. o que viria pela frente, eu não poderia dizer ao certo. Só sabia que não seria uma tarefa fácil e que, ao final do projeto, eu estaria transformado. O Percival que estava para começar aquele projeto não seria o mesmo que iria terminá-lo - há um processo de transformação em projetos deste porte que só quem já experimentou é capaz de descrever.
Embarquei de corpo e alma. Vamos ver se o corpo aguenta, mas a alma já está nas alturas! Sigam comigo - e com meus companheiros de natação - alguns dos passos desta aventura.
Cinco destemidos nadadores encaram o desafio de nadar 170 km no Rio São Francisco, entre os estados de Alagoas e Sergipe. Sem se deixar esmorecer pelos fortes redemoinhos e pelas altas ondas provocadas pelo vento terral, eles têm boas histórias para contar. Em meio a um povo humilde e hospitaleiro, marcado por uma forte diferença social eles cumprem seu objetivo: evidenciar a necessidade de preservação do rio e de seu ecossistema. Embarque nesta aventura!
O pai do desafio (ou avô rsrs) é o Foschini. Ele carrega consigo esse projeto a algum tempo, que em sua origem tinha outro formato. Em função das dificuldades na execução ele não foi posto em prática, ficou guardado, mas não esquecido.
ResponderExcluirNo princípio desse ano, ao ver na TV um comercial que mostrava as cidades de Piranhas e Penedo, a vontade de ressuscitar o projeto ganhou força, e eu liguei pro Edmundo sugerindo que retomássemos o projeto. Deu no que deu! O Projeto ganhou um novo formato, uma equipe “selecionada” e uma rede de apoio tem sido trabalhada com o intuito de realizarmos uma grande travessia.
Se o Foschini é o avô do projeto, o Percival é o pai. Tínhamos uma idéia, e o Percival a transformou em projeto, que hoje é um guia para que possamos buscar o apoio necessário para realizarmos e divulgarmos a travessia.
É motivante ver nadadores consagrados, que tem em seus currículos provas internacionais com Capri – Nápoles na Itália, Canal da Mancha, tão empenhados e extremamente comprometidos com o projeto. Estou falando do Percival Milani e do Edmundo Foschini, exemplos para todos nós, que fazemos do esporte uma filosofia de vida.
Treinar para um desafio desse porte, não requer apenas capacidade técnica, vai muito além. Como não somos atletas profissionais, temos que adequar nossa rotina profissional aos treinos, eu tenho me esforçado muito para fazer jus à confiança que foi depositada em mim. É um privilégio fazer parte dessa equipe!