Não conheço fórmula mágica para se atingir um grande objetivo: tem que "ralar" bastante. No esporte, como na vida, o tempo conta contra você. É a teoria do pau-de-sebo: se você parar de subir, começa imediatamente a descer.
Ao assumir como objetivo nadar os 170 Km eu já imaginava o preço a pagar. Ele vem em suaves prestações.
Você começa acordando de madrugada para nadar cedinho, antes do trabalho. Não importa de faz 5 graus quando você sai de casa numa manhã de inverno - você vai e pronto.
E, ao chegar na piscina, tem que "sentar o braço". Por mais solitário que seja o treino, tem sempre um cronômetro por lá para te acompanhar. Ele faz toda a diferença, pois ele te mostra como você realmente está - sem firulas. Seu desempenho depende apenas de você. Seu sucesso ou seu fracasso também.
Também acabaram seus finais de semana e viagens também.
Seus filmes prediletos no final da noite? Esqueça - você tem que dormir cedo.
E aquele café da manhã com um lanchinho maravilhoso? Nem pensar, pois a digestão dos frios não te deixam nadar direito.
Sabe aqueles dias em que você acorda e não está a fim de ir? Esqueça - não tem opção - você tem que ir!
E aqueles dias em que você trabalhou como um condenado e ainda tem que treinar? Também não tem escapatória. Essa rotina é desgastante, mas é a única maneira de vencer se você tem recursos limitados - recursos de tempo, de condicionamento físico, de idade, de organismo, etc.
É como dizem: "O sucesso é doce, mas costuma ter cheiro de suor."
Cinco destemidos nadadores encaram o desafio de nadar 170 km no Rio São Francisco, entre os estados de Alagoas e Sergipe. Sem se deixar esmorecer pelos fortes redemoinhos e pelas altas ondas provocadas pelo vento terral, eles têm boas histórias para contar. Em meio a um povo humilde e hospitaleiro, marcado por uma forte diferença social eles cumprem seu objetivo: evidenciar a necessidade de preservação do rio e de seu ecossistema. Embarque nesta aventura!
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