Como já dito anteriormente, fiz uso frequente das nadadeiras de modo a continuar meus treinos sem exigir demais das articulações. Nadar com as nadadeiras é ótimo - o treino rende, você acaba mais rápido, você se motiva com seus tempos, fica mais imune à ondulação da água, se aproxima do pessoal mais rápido que você, etc. No entanto, não são somente rosas - no meu caso, elas começaram a machucar os pés, mais especificamente o esquerdo, devido à fricção num ponto exatamente ao lado do tornozelo.
Numa situação dessas, o que fazer? Bem, eu usei um curativo no pé, que já estava em carne viva. Depois de uns 500 metros, o curativo soltou - é claro que iria soltar, né pedro-bó! A coisa estava pegando. Como é possível que uma interferência tão pequena pudesse causar tamanho transtorno?
A segunda opção - emergencial e com os instrumentos de que dispunha - foi usar o mesmo curativo anexado desta vez à nadadeira. Até que durou bem mais e funcionou pelo resto do dia. Mas não passou disso.
No dia seguinte fui nadar de meia - que coisa horrorosa aquela! Protegia o pé, mas também ajudava a lacear a nadadeira. Não gostei da solução, mas funcionava! Difícil foi fazer a professora parar de rir...
Os dias iam passando e a metragem se acumulando. Ao longo de todas essas horas, um pensamento me ocorreu - afinal de contas, nadador pensa no quê durante todas essas horas de treino? - que uma pequena interferência, se não resolvida, pode gerar grandes problemas pela regularidade e frequência que ela ocorre. Assim ocorre no casamento - se algumas pequenas coisas não forem resolvidas, aquilo fica atritando, atritando até assumir grandes proporções e consequências impensáveis. Filosofei demais, não é?
Acho que isso é assunto para um terapeuta de casais.
Mas eu não vou a nenhuma terapia!
Então é melhor deixar pra lá e voltar a nadar - quem sabe outro dia me aparece uma inspiração menos filosófica e mais pragmática!
Cinco destemidos nadadores encaram o desafio de nadar 170 km no Rio São Francisco, entre os estados de Alagoas e Sergipe. Sem se deixar esmorecer pelos fortes redemoinhos e pelas altas ondas provocadas pelo vento terral, eles têm boas histórias para contar. Em meio a um povo humilde e hospitaleiro, marcado por uma forte diferença social eles cumprem seu objetivo: evidenciar a necessidade de preservação do rio e de seu ecossistema. Embarque nesta aventura!
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