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segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Um domingo feliz!

Segue o relato do Foschini sobre um de seus treinos em mar aberto naquele paraíso chamado Maceió.

No dia 18 de setembro, levanto-me às 1:15h da manhã, faço uma meditação de agradecimento e vou me alimentar para enfrentar o último longão, visando o Grande Desafio no "Velho Chico". Inicio o treino às 2:30h, com o tempo nublado, ventos com mais de 60 km/h e ondas acima de meio metro de altura (a lua é cheia, a maré está subindo). Até aqui tudo bem !
Como de costume a CEAL (Companhia Elétrica de Alagoas) promove aos domingos um apagão para manutenção da rede elétrica - aí sim, as coisas começaram a ficar pretas! Perdi a referência visual do continente (da praia) e íniciei um voo cego (nado cego) e, usando a minha intuição e o meu conhecimento da região, retomo a trajetoria em direção a Paripueira. Após uma hora e meia de nado, dou de frente com uma água-viva de aproximadamente vinte cm de diâmetro que, para se defender, lança os seus tentáculos sobre mim. Felizmente, eu estava usando o macacão de natação e somente queimei as mãos e um pouco o rosto. A sensação, para quem ainda não conhece, é como se você colocasse a parte atingida do seu corpo em um braseiro (arde muito...).
Seguindo em frente, com dor e um pouco de enjoo, chego ao município de Paripueira, já com 3:10h de nado. Faço uma primeira alimentação e inicio o meu retorno a Ipioca. Manhã chuvosa, o nascer do sol provocou um enorme arco-iris que parecia que ia me engolir. Não deu outra, tive que parar para curtir este fantástico fenômeno da natureza. Saindo da enseada de Paripueira "eis que de repente" sinto a presença de um vulto enorme passando por baixo do meu corpo, Num misto de medo e curiosidade, fiquei a espreitar - quem será? Não era a LUA. Era um enorme PEIXE-BOI que parou na minha frente, me olhando como se dissesse: "Meu, você esta´bem?".
Levo comigo uma  pochete com hidratante e bananas e não deu outra: - fizemos um piquenique, o cara comeu todas as bananas e sumiu..... O PEIXE-BOI é um mamífero aquático de elevada inteligência que merece toda a nossa atenção, pois sua espécie encontra-se em extinção.
Após seis horas e meia de nado, concluí o meu último longão visando o "Velho Chico".

4 comentários:

  1. Parabéns, Foschini, por suas experiências tão próximas da natureza! Confesso que, naquele dia em que nadamos, a falta de alimentação e uma dorzinha incômoda no ombro provocada pela ondulação da água afetaram o meu humor para o evento. Mas o lugar é paradisíaco!

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  2. Grande Foschini! Tem que ter coragem pra encarar um marzão desse no escuridão. Tenho pavor a águas vivas e caravelas, ainda mais depois de ser sapecado no penúltima 14 Bis. Agora temos que admitir você deu sorte, imagina se o peixe-boi que te fez companhia fosse marido da Lua? Você estava com certeza "dentro d'água"
    Valeu Foschini!

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  3. Olá, peixarada! Tudo bem? :)
    Pois é! O Alessandro tirou as palavras da minha boca! Já fui logo pensando no ciúmes de marido do peixe-boi! Já pensou o perigo?
    Mas... Como é que deu para saber que não era a Lua e sim, um outro peixe-boi? Eles devem ser lindinhos, não? Além de enormes!
    Foschini... Fala sério! Sair para nadar às 2h na manhã, no marzão e sem luz?! Eu não iria nem amarrada!
    Mas... Por outro lado... Fico imaginando a loucura que deve ser, um arco-íris só para você, na companhia de um peixe-boi, na solidão (na superfície, pelo menos) do mar sem fim... É... Para os corajosos... Deve ser uma experiência fantástica!
    Como diz a esposa de um amigo meu: "Tirando as curvas, é tudo reto!"
    Abraços! E... Prá frente peixarada! Desta vez, foi com peixe-boi e tudo! :)

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  4. Fuska, tu é maluco mesmo.....e é por isso que tb estou contigo nessa empreitada!

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