Não, não e não.
Este texto NÃO vai tratar do Anas platyrhynchos - mais vulgarmente conhecido como "pato". Até por que, como todo pato nada, a "patologia natatória" seria considerada, no mínimo, um pleonasmo.
Vamos falar, sim, daqueles efeitos indesejados sobre o corpo de um nadador oriundos da prática constante do esporte e que, por vezes, o levam a buscar auxílio médico.
Todo esporte exige do corpo humano maiores e/ou menores esforços em certas partes do corpo. Assim, um jogador de futebol é acometido frequentemente por contusões nos joelhos e vários outros pontos próximos aos membros inferiores. Um tenista sente a explosão de suas arrancadas e freadas abruptas e suas articulações estão sempre no limite.
Uma das patologias mais comuns entre nadadores está o chamado "ombro do nadador". Seja ele um nadador de fundo ou velocista, todos estão sujeitos àquela dorzinha incômoda no ombro que pode tirá-lo do esporte se não for equacionada. Eu mesmo tenho sofrido bastante com meu "ombro do nadador", pois voltei a treinar há pouco tempo e o aumento de volumes foi simplesmente cruel. Tive de recorrer a várias técnicas para minimizar seus efeitos, como exercícios de fortalecimento, mudança de postura dentro da água (inclui mudar a angulação dos braços e até mudar o lado de respiração no crawl), a boa e velha nimesulida, as proteínas para aumento de massa muscular, etc. Se não for cuidado, torna-se o principal fator limitante desta Maratona no São Francisco.
Uma segunda patologia muito frequente é o "ouvido do nadador" - esse nome eu acabo de inventar. É que o nadador passa tanto tempo na água que seu canal auditivo é lavado exaustivamente a ponto de não apresentar mais a mínima proteção de cera em seu interior. É tão limpo que o organismo sente a falta de proteção - e aí começam as otites, etc. Bem, essa é mais fácil de evitar - basta usar aqueles tampões e manter-se absolutamente surdo durante todo o treino! Rsrsrsrs.
A terceira - e pior - patologia é a ESCLOROSE MÚLTIPLA. Percebam, não é esclerose, é esclorose mesmo! Trata-se dos efeitos do cloro sobre o cérebro do nadador. Seus efeitos são sentidos quando o nadador passa a nadar dez quilômteros diários e acha aquilo normal; quando ele faz 3 mil metros de pernas e tudo bem; quando ele se acostumou a sair de uma cama quente às 4 da manhã num inverno rigoroso para ir treinar ou ainda quando ele se aventura a ir além dos "100 x 100m a cada"! Aí o quadro pode ser considerado grave e normalmente apresenta como origem uma grande travessia que ele possa ter em vista. Nos casos mais graves, recomenda-se ao nadador escolher uma academia que tenha convênio com um hospital psiquiátrico da região.
UFA! Ainda bem que a Atlantis é coligada do Bezerra de Menezes, que oferece descontos para todos os alunos, os professores e até para os donos!!! Rsrsrsrsrs.
Cinco destemidos nadadores encaram o desafio de nadar 170 km no Rio São Francisco, entre os estados de Alagoas e Sergipe. Sem se deixar esmorecer pelos fortes redemoinhos e pelas altas ondas provocadas pelo vento terral, eles têm boas histórias para contar. Em meio a um povo humilde e hospitaleiro, marcado por uma forte diferença social eles cumprem seu objetivo: evidenciar a necessidade de preservação do rio e de seu ecossistema. Embarque nesta aventura!
Olá, Percival! Tudo bem? :)
ResponderExcluirObrigada pelas dicas sobre os patos que nadam! Ups! Não! - Pelas dicas dos malefícios natatórios...
Tive e talvez ainda esteja com um desses probleminhas ombrais... Mas estou tomando algumas providências cabíveis e vou domesticar esse ombro direitinho!
Aos ouvidos, sabia que colocar tampão de ouvido me fez corrigir a postura? Melhorei muito a rotação do corpo no crawl! Antes de usá-los, eu tinha medo que a água entrasse no ouvido direito (o que quase sempre acontecia...)e não virava o corpo como deveria... Fantástico, não? :D
Bem... Em relação à última patologia... Esclorose múltipla, gostaria muito de estar sofrendo dela... Quem sabe um dia, o meu nível de cloro no cérebro aumente? :D - Graande sacada! Adorei essa! E eu que comecei levando a sério! há há há!
Um grande abraço e... Força aí, peixarada!
putz
ResponderExcluirValeu Amigão, estou muito FELIZ pelas dicas que me credenciaram a ser um nadador:"ombro de nadador"(2ª cirurgias, uma aberta e a outra artroscopia), "ouvido de nadador"( 37% de perda auditiva), "esclorose múltipla"(treino de 70 a 80Km semanais- longão do mar de madrugada -2:30hs da matina, horário bom para encontrar a LUA. Putz Amigão, vc esqueceu de citar as artroses, aqui vamos chama-las de "artrose da peixarada"(as tenho na 4ª e 7ª vertebra dorsal). Agora sim, com os meus 63 aninhos de idade consegui ter uma "patologia natatória" que me credencia a ser um nadador. Obrigado pelas dicas. Abração Foschini
ResponderExcluirAmigo Foschini,
ResponderExcluirNão se esqueça que, além de todos estes predicados, você tem vaga garantida no Bezerra!
Hahahaha!!!
Para as articulações e artroses, recomendo o chá de semente de sucupira. Dizem que é bom!
Olá, peixarada! Tudo bem? :)
ResponderExcluirPois é, Foschini... Segundo o Percival, você não só tem a credencial de peixe, como deveria ter nascido peixe, ou... peixe-boi! - Estou começando a achar que vocês todos são PEIXES disfarçados de gente... Nadar 80km semanais, às vezes, às 2:30h da manhã? Você mais nada do que anda, né?!... Ainda bem que peixes-bois gostam de alface... Já pensou?!
Realmente, ser um nadador de destaque requer certos sacrifícios, né?... E QUE SACRIFÍCIOS, NÃO?! - É só com muita fé e coragem mesmo!
Parabéns à todos os peixes do nosso lindo Brasil e do nosso Rio São Francisco!
Um forte abraço! Força aí, peixarada, que o Rio São Francisco os aguarda! :D